Pierre Verger: Da Bahia ao Benim, de Fotógrafo a Fatumbi
Olha só o bapho, minha gente: em 1947, um fotógrafo francês rodado, Pierre Verger, chegou lá em Pernambuco depois de uma passadinha boa na Bahia. Tudo culpa das leituras de Jorge Amado, que deixou o moço vidrado nos xangôs do Recife. Só que ele percebeu uma coisa: o povo não entendia nadinha dos cânticos. Vai daí, ele mandou uma cartinha pro Instituto Francês da África Negra, lá no Senegal, pedindo ajuda pra traduzir. E o que ele ganhou? Uma bolsa pra ir na África entender tudinho dos candomblés!
Não bastasse a viagem transatlântica no ano seguinte, Verger teve sua cabeça consagrada por Mãe Senhora, em Salvador, e virou quase um expert das trocas culturais entre Brasil e África. Com sua fiel Rolleiflex, ele foi parar até na Sorbonne com a tese sobre tráfico de escravos, minha gente. Quem diria, o rapaz que nem terminou o colégio virou referência!
E agora, segura essa: no Benim, o moço ficou tão entrosado no culto do Ifá que virou até babalaô com direito a novo nome, Fatumbi! A exposição “Fatumbi” no Museu de Arte da Bahia tá bombando, com 110 cliques e obras do artista franco-beninense Emo Medeiros. Tem até documento inédito no meio, viu? A mostra é um dos pontos altos da Temporada França-Brasil que tá rolando por aí.
Olha que beleza: a exposição deixou todo mundo de boca aberta com as fotos da Bahia e Pernambuco. Verger adorava capturar o povo, das lavadeiras aos cordelistas, e claro, os rituais de candomblé. O homem era danado e não tinha medo de se aproximar dos fotografados. Tem até retrato de baiano de terno branco com a sombra do fotógrafo ali, ó, coladinha.
Verger, com sua câmera mágica, capturava momentos de tirar o fôlego, gente. Ele pegou a mágica dos transes e a poesia dos momentos, mostrando tudo ali, na tela. Mesmo que seu objetivo não fosse documental, deu um show de sensibilidade e informação antropológica.
E não para por aí! A segunda sala da exposição mostra Verger mergulhando de cabeça na cultura local entre 1948 e 1953. As últimas fotos já são do Verger transformado, mapeando as conexões culturais Brasil-África.
E pra fechar com chave de ouro, Verger foi o cupido cultural entre Mãe Senhora e Oba Adeniram Adeyemi. E claro, documentou os agudás, ex-escravizados brasileiros no Benim, e como as tradições se cruzam dos dois lados do atlântico. De acarajé a acará, essa história é mesmo de tirar o chapéu!
Por fim, Emo Medeiros, descendente de brasileiros, misturou arte e tecnologia em “FatumbIA”, transformando odus e IA em pura magia. As cores vibrantes das obras mostram um futuro onde tudo é um só, do jeitinho que Verger famoso Fatumbi capturou. Eita, mundo arretado esse da cultura afro-brasileira!
Então, mina, pega seu acarajé e corre pra exposi…





