Mainha Conta: Ex-PM Finalmente Vai em Cana e a Justiça Tarda, mas Não Falha
Olhe só, meu povo! Depois de muita rasteira e enrolação, o ex-PM Eraldo Manezes de Souza finalmente começou a pagar pelos seus pecados aqui em Salvador. Aquele desenrolado foi condenado a 13 anos e 4 meses pelo trágico assassinato do menino Joel da Conceição Castro. Mas a novela já vinha se arrastando, viu? Quase 15 anos após o crime e mais de um ano depois do júri em 2024. Que novela, viu?
Quem acompanhou sabe que desde a condenação, o homem tava solto pelo mundo, inventando história de “disparo acidental”. Escorregão onde, meu rei? Mas o Tribunal de Justiça da Bahia deu logo o cartão vermelho e não aceitou desaforo. O homem não atirou em qualquer lugar, foi numa casa cheia de gente, e a vítima era uma criança, num dolo eventual daqueles. Pena que não colou a desculpa.
Agora, o tenente Alexinaldo Santana Souza, que tava chefiando a parati, saiu de fininho do tribunal, livre e leve. Absolvido por falta de prova, diz que o Tribunal manteve a decisão, mesmo com o Ministério Público insistindo. Já viu, né? Muita gente não gostou.
E quem não deixa barato é Lorena Pacheco, do Instituto Odara. Ela lembra que essa lentidão só machuca mais a família e fortalece essa violência que tem endereço certo. Afinal, a polícia parece ter mania de mirar sempre no mesmo alvo: os corpos negros das nossas comunidades.
Ainda tem rabo preso nessa moeda. O tal do Eraldo pode voltar a desafiar a justiça e recorrer ao STJ, caso não se abra logo um processo de execução. Será que estava mesmo esquentando cela?
Mirian Moreno, a mãe do pequeno Joel, até que tira aquele alívio de saber que o homem tá atrás das grades, embora a justiça tenha demorado a colocar as coisas no lugar. Mas é aquela coisa: uma etapa foi vencida, apesar das falhas do sistema. Resistência é o nome do jogo.
Lembra da história?
O anjo Joel partiu no dia 21 de novembro de 2010. Uma operação da PM abalou o Complexo do Nordeste de Amaralina, e ele, de só 10 aninhos, estava no quarto planejando a noite com o pai, quando os tiros de Eraldo o levaram. Era filho do Mestre Ninha e já brilhava nos palcos da capoeira. Joelzinho era um sol de menino e tinha sonhos grandiosos, mas a vida não deixou ele mostrar tudo.
É, minha gente, tragédia dessa não se cura, mas ver a justiça acontecendo dá uma pontinha de força pra continuar. E que nunca esqueçamos de lutar contra essa teimosia de violência.





